Carrie Coon, atriz que interpreta Laurie em The White Lotus, disse em entrevista à revista Harper’s Bazaar que a série deixou de incluir a trama da não-binariedade de Ellie, filha de sua personagem.
Segundo Coon, a série foi escrita antes de Donald Trump assumir a presidência dos EUA, mas os cortes aconteceram depois de sua posse. “Considerando a maneira como o governo Trump armou a guerra cultural contra pessoas transgênero ainda mais desde então, quando chegou a hora de cortar o episódio, Mike sentiu que a cena era tão pequena e o tópico tão grande que não era a maneira certa de se envolver nessa conversa”, afirmou a atriz.
Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem discursado contra os direitos da população transgênero. Assim que começou seu mandato, Trump afirmou: “Assinarei ordens executivas para acabar com a mutilação sexual infantil, tirar os transgêneros do exército e das nossas escolas dos ensinos fundamental e médio” e que “será política oficial do governo dos Estados Unidos que haja apenas dois gêneros, masculino e feminino”.
Nessa nova temporada de The White Lotus, Laurie está tentando contar para pessoas próximas sobre o gênero de sua filha e buscando adaptar a linguagem de forma que as pessoas respeitem seus pronomes. Ela ainda descobre que sua amiga Kate (Leslie Libb) é possivelmente uma eleitora de Trump, o que traria um peso maior para a cena que foi cortada: “Era apenas uma cena curta, mas para mim, ela deixava a questão sobre se Kate votou no Trump muito mais provocante e pessoalmente ofensiva à Laurie, considerando que a sua filha está no mundo.”
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