Os consumidores brasileiros podem se preparar para uma Páscoa mais cara em 2025. O aumento expressivo no preço do cacau ao longo de 2024 impactou diretamente o custo da produção de chocolates, refletindo nos valores dos tradicionais ovos de Páscoa.
A valorização do cacau foi impulsionada por fatores climáticos que afetaram os maiores países produtores, resultando em uma escassez global do produto. Mesmo o Brasil, que ocupa a sexta posição no ranking mundial de produção de cacau, sofreu os efeitos dessa crise. Nos últimos três anos, o preço da matéria-prima subiu 190%, com um salto significativo registrado no final de 2024. Na ocasião, a tonelada de cacau atingiu o valor recorde de US$ 11.040, marcando um aumento de 163% em relação ao mesmo período de 2023.
Diante desse cenário, as indústrias de chocolate, que adquiriram cacau com preços mais altos no segundo semestre de 2024, devem repassar os custos aos consumidores. Além disso, a produção de ovos de Páscoa sofrerá uma redução considerável. As projeções indicam uma queda de 22,4% na fabricação, totalizando cerca de 45 milhões de unidades, um número bem abaixo do registrado no ano anterior.
O impacto da alta do cacau já vem sendo sentido nos preços dos chocolates. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor de barras de chocolate e bombons aumentou, em média, 16,5% nos últimos 12 meses. Para tentar minimizar os efeitos desse encarecimento, a indústria tem adotado estratégias como a reformulação de embalagens e o lançamento de novos produtos, mas ainda assim, a tendência é que os preços dos chocolates sigam elevados para a Páscoa deste ano.
Diante desse cenário, os consumidores devem encontrar ovos de Páscoa mais caros e, possivelmente, em menor variedade nas prateleiras. Com a aproximação da data festiva, a recomendação é pesquisar preços e considerar alternativas para manter a tradição sem comprometer o orçamento.
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